Em 2022, cerca de 10.7% dos residentes em Portugal eram migrantes, uma estatística que representa um aumento significativo, de acordo com dados da OCDE.
Certamente os números da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico em 2023 vão mostrar a mesma tendência, visto que a chegada em grande escala de imigrantes não tem abrandado.
Panorama Geral e Nacionalidades Mais Representadas
O relatório aponta que os brasileiros constituem o grupo mais numeroso entre os migrantes, ocupando cerca de um quarto do total de aproximadamente 1,1 milhões de migrantes. Seguem-se os angolanos, com 14%, e os franceses, com uma fatia de 9% dos migrantes em território português.
Características e Motivações dos Migrantes
Dos 94.000 novos migrantes que escolheram Portugal como destino em 2021, cerca de 28,3% beneficiam da livre circulação garantida pelo espaço Schengen. Quase metade (41,2%) veio para o país com o objetivo de trabalhar, enquanto outros 24,7% fizeram a mudança por razões familiares, quer para acompanhar, quer para se reunir a um migrante laboral já residente no país.
Impacto da Pandemia e Tendências Futuras
O relatório também assinala que o número de migrantes chegados a países da OCDE em 2022 foi o maior de sempre, excluindo os refugiados ucranianos. Este aumento foi de 26% em relação a 2021 e de 14% comparado a 2019, último ano antes do início da pandemia de covid-19. Este aumento nos números sugere que, apesar das restrições de viagem e outros desafios colocados pela pandemia, a migração continua a ser uma força significativa, tanto em Portugal como em outros países da OCDE.
O aumento da migração para Portugal e para outros países da OCDE poderá ter várias implicações a longo prazo, tanto em termos de diversidade cultural como de impacto no mercado laboral e nos sistemas sociais. Como tal, este é um tema que continuará a ser objeto de estudo e de políticas adaptativas.
Fonte: DN