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Membro do KKK Apanhado e Espancado
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A violência e o ódio racial não páram de aumentar nos Estados Unidos e a na Carolina do Sul estão mesmo a rebentar.

A violência e o ódio racial não páram de aumentar nos Estados Unidos e a na Carolina do Sul estão mesmo a rebentar.

Contexto: A Questão da Bandeira

A decisão de retirar a bandeira que representou as forças da Confederação do Sul durante a Guerra Civil Americana da fachada do edifício do Capitólio de Columbia, no estado da Carolina do Sul, continua a alimentar polémica e até violência: os participantes de duas manifestações antagonistas, contra e a favor da manutenção daquele símbolo, acabaram por se envolver em confrontos, que resultaram em sete feridos e levaram à detenção de cinco pessoas.

De um lado estiveram simpatizantes do Ku Klux Klan e do outro apoiantes do movimento dos Black Panther – duas organizações históricas e que têm interpretações muito diferentes sobre o significado da bandeira militar da Confederação, que continuava a ser hasteada no Capitólio 150 anos depois da derrota das forças secessionistas do Sul. A bandeira foi removida há uma semana por decisão da governadora Nikki Haley, depois da comoção nacional provocada pelo assassínio de nove membros de uma congregação afro-americana por um jovem de 21 anos identificado como supremacista branco, numa igreja histórica da cidade de Charleston.

A polícia viu-se obrigada a reforçar o seu dispositivo para conseguir manter afastados os manifestantes e contra-manifestantes, que no sábado à tarde convergiram para lados opostos do edifício onde funciona o congresso estadual da Carolina do Sul. A tensão começou a subir pouco tempo depois da concentração de membros da associação Black Educators for Justice, que viajaram desde a Florida para dar conta da sua oposição ao uso da bandeira da Confederação, que consideram representativa de um ideal de sociedade assente na exploração e segregação racial.

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Pouco depois, uma “coluna” de cerca de 50 indivíduos afiliados aos Leais Cavaleiros Brancos do Ku Klux Klan, aparentemente convocada pelas redes sociais, tomou posição em frente dos manifestantes afro-americanos, acenando a bandeira das forças sulistas e uma outra com uma cruz suástica. Os defensores da bandeira não vêem nela um símbolo de opressão e ódio racial, mas antes um sinal de respeito pela herança cultural e as tradições regionais, bem como uma forma de homenagear milhares de soldados americanos.

Uma trincheira de separação dos dois grupos foi aberta pela polícia, que instalou barricadas para impedir o contacto entre os manifestantes, mas não conseguiu impedir a troca de insultos. As duas fileiras foram engrossando, com a chegada do presidente do New Black Panther Party, Hashim Nzinga, para um breve discurso de apelo à resistência da população negra ao racismo e de vigoroso combate pela igualdade.

No outro lado, o protesto convocado pelo Ku Klux Klan em defesa da bandeira da controvérsia atraía mais gente, com a chegada de outros grupos vindos do estado vizinho da Carolina do Norte e outras organizações supremacistas (de acordo com o Southern Poverty Law Center, foram exibidas faixas do National Socialist Movement Party, a maior organização neo-nazi dos EUA, com sede em Detroit).

As autoridades estimam que os dois comícios tenham atraído cerca de dois mil manifestantes. Os relatos da imprensa local falavam em “drama” e “horas de tensão”, gritaria e discussões iniciadas por slogans incendiários, bem como “altercações físicas esporádicas”, que obrigaram sete pessoas a receber tratamento hospitalar. Ainda assim, as notícias diziam que “a polícia conseguiu assegurar a segurança e impedir a disseminação da violência”.


Categoria/s: Sociedade