Uma professora do ensino primário do agrupamento de escolas de Mértola terá gravado vídeos de teor sexual na sala onde dá aulas a alunos entre os seis e os nove anos.
As imagens foram postas a circular na internet e entre os habitantes da região, deixando as mães dos actuais alunos “chocadíssimas” com a situação. Os pais provavelmente ficaram apenas arrependidos de nunca irem às reuniões.
Ontem a direcção da escola foi confrontada com o caso por uma das encarregadas de educação, mas optou por referir-se ao assunto como sendo da vida privada da docente. Os pais dos alunos já apresentaram queixa na câmara municipal e no agrupamento de escolas.
O caso já vinha sendo abordado há algumas semanas, de forma discreta, entre os habitantes da pequena localidade onde a professora dá aulas e na própria cidade alentejana de Mértola.
Um dos vídeos – onde a docente se despe, se exibe e se toca para a câmara num espaço identificado pelos pais como o da sala de aula das crianças – foi visto por mães, colegas e habitantes.
Ontem, na habitual reunião de abertura do ano lectivo, o assunto foi oficialmente posto em cima da mesa. Na sala estavam a professora em causa, duas outras professoras em representação da direcção da escola, uma vereadora da autarquia e cerca de seis encarregados de educação. Uma das mães mostrou um outro vídeo – que não o da sala de aula, porque esse foi entretanto bloqueado pelos administradores da página com conteúdos para adultos -, mas a direcção limitou-se a dizer que não havia razões para se abordar o assunto porque se tratava de matéria da “vida privada” da professora.
A professora negou sempre qualquer participação nas gravações, atribuindo a situação a casos de “inveja” na localidade. “Nunca fiz isto numa sala de aulas, é uma montagem. As pessoas viram um vídeo em que posso não ser, não sou eu – é uma sósia minha – e começaram a difamar-me. Tenho tido uma vida sempre íntegra e sempre muito correcta e agora vêm difamar-me por causa disto“, acusou a docente, avisando já ter contactado a Polícia Judiciária (PJ).
Maria Manuel Sebastião, a advogada que representa a docente contactou o Jornal i dizendo que a PJ teria “em curso uma investigação para saber a origem do vídeo” e com uma exigência: “Estou a ligar-lhe para que não publique esta história” tentando pressionar o jornal.
Mas tramou-se. O Jornal i publicou, o ainanas também. E tu, se quiseres, partilha. Ah, e se tiveres o link do video manda para nós.
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