Supertaça. Sporting começa bem a época, ganhando mais uma Supertaça ao FC Porto. Leões mostraram uma equipa mais definida, enquanto dragões ainda procuram o melhor onze O Sporting costuma ganhar as Supertaças ao FC porto e ontem ganhou mais uma. No Estádio do Algarve, longe de estar cheio, dois golos de Yannick Djaló – a fechar a primeira parte e a abrir a segunda – deram a vitória aos leões, justa pelo que o jogo foi globalmente. Lucho falhou um penálti e o FC Porto mostrou algumas fragilidades que já se sabiam.
Num jogo muito intenso – nem sempre bem jogado, como é normal nesta altura -, competitivo, com a bola a correr com rapidez e o Sporting a começar melhor. Paulo Bento apostou em Caneira para a esquerda da defesa e Moutinho a trinco (Grimi e Miguel Veloso no banco), enquanto Jesualdo manteve o seu 4-3-3 com Farias a ponta-de-lança em vez de Mariano, que ficou no Porto, passando Lisandro para a esquerda e com Rodriguez à direita.
Melhor o 4-4-2 do Sporting, mais simples e naturalmente mais forte no meio-campo, onde o FC Porto perdia sistematicamente as segundas bolas. O defeito estava sobretudo em Guarin, que jogava na posição 6, onde ainda não está à vontade – se alguma vez vier a estar. Mas claramente o colombiano tem dificuldades em saber qual é o seu lugar no campo, fez várias faltas escusadas e parecia sempre ou demasiado à frente ou demasiado atrás. E por isso o futebol do Sporting era apesar de tudo mais fluente, muito embora qualquer das equipas falhasse passes fáceis.
Algumas jogadas de perigo, nomeadamente em livres de Rochemback, um dos quais, a mais de 25 metros da baliza, passou perto do poste de Helton (21). Em cheio no poste acertou Lucho Gonzalez, num remate de fora, sobre a esquerda, a que Rui Patrício não podia chegar (33′) e no resto o jogo estava substancialmente equilibrado quando, já sobre o minuto 45′, Abel foi pela direita, deu a Romagnoli que fez um passe para dentro da área, a bola desviou em Benitez e foi cair no pé de Yannick que, sozinho, de primeira, rematou sem hipóteses. O Sporting ganhava uma vantagem importante sobre o intervalo como se viu logo depois, porque o 2-0 chegou passado pouco tempo num equívoco da defesa do FC Porto, já que Pedro Emanuel cortou a bola mas depois ficaram três homens a olhar e permitiram a Yannick Djaló fazer o golo.
Com 2-0 o FC Porto já tinha pouco a fazer. Mesmo antes do golo Jesualdo tinha trocado Farias por Hulk mas só tocou no essencial mais tarde, quando tirou Guarin e passou Raul Meireles para trás, com Candeias na direita. O miúdo ganhou logo o penálti, com o cruzamento em que Caneira jogou com a cabeça e depois com o braço, mas Rui Patrício foi melhor que Lucho e defendeu o castigo máximo (70′). O FC Porto entregava-se, voltando a não perceber como se bate o Sporting e mostrando que é preciso tempo para integrar novos jogadores. E que ou Meireles joga a trinco ou vai ser preciso arranjar um.
O Sporting esteve melhor e o jogo correu-lhe melhor, também. Tem uma vantagem: é que não precisa de integrar jogadores – os novos de ontem (Caneira e Rochemback) já conheciam a casa. E isso nota-se muito nesta altura. E tem ainda outra: Paulo Bento tem jogadores para todos os lugares o que não acontece no FC Porto.|