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PIMAX 4K: óculos de realidade virtual
PIMAX 4K: óculos de realidade virtual

O PIMAX 4k tem dado bastante que falar e tivemos finalmente oportunidade de lhe deitar as mãos para alguns testes. Aqui fica o nosso feedback!

O PIMAX 4k tem dado bastante que falar e tivemos finalmente oportunidade de lhe deitar as mãos para alguns testes. Aqui fica o nosso feedback!

O PIMAX 4k não é de uma marca conhecida, nem está associado a nenhuma plataforma. No entanto promete uma resolução à qual os lideres do mercado não se arriscam. Nomeadamente, este headset pretende vir fazer frente ao HTC Vive e, claro, ao Oculus Rift.

Apresenta-se como uma solução destinada a Gamers, muito mais barata do que a concorrência.  O PIMAX cifra-se de momento no range dos 300-350 EUR, o que é cerca de metade do preço do Oculus e ainda menos de metade do preço do HTC Vive. É compatível com o Oculus e SteamVR. Podes comprá-lo aqui se estiveres interessado.

Resolução monstruosa

O que é notável, surpreendente, e um pouco estranho, é que tanto o Vive como o Oculus oferecem “apenas” 2,5 milhões de pixeis ( 1,25 por olho ), e o PIMAX 4K afirma bombar em Ultra HD, resolução 4K, com 8,29 milhões de pixeis. Esta resolução divide-se em dois, deixando os utilizadore scom 1920×2160 por olho. É um abuso, 4 vezes mais do que a concorrência.

Mas e então?

Ok, a resolução é bruta. Mas e o refresh rate? Pois, é de 60 Hz, o que não é perfeito. Seria excelente que atingisse os 90 Hz, e a marca afirma que isso é possível fazendo um “overdrive”. No entanto põe-se outra questão.

Já pensaste no computador que precisas de ter para jogar um jogo em 4k em realidade virtual a uma refresh rate destas? Ok, isso vai ser muito bom e certamente vamos lá chegar num futuro próximo mas para já não é realista pensar em jogar com estas settings na maior parte dos setups, do comum dos mortais.

Eles sugerem estes requisitos mínimos para usar o PIMAX 4k:

  • Intel Core i5 (não é especificada a geração)
  • 4GB de RAM (não é especificado o tipo)
  • Nvidia GeForce GTX 960 ou AMD Radeon R9 290
  • Microsoft Windows 7 or superior

Como deves estar já a perceber, o PIMAX 4K pode até funcionar neste sistema, mas NUNCA NA VIDA vai puxar jogos a 4k em VR. Sejamos honestos… o teu sistema consegue debitar uns 750 millhões de pixeis por segundo? Brevemente isso será normal, mas para já não é realista.

Conforto

Este headset é muito bem construído. Gostámos do facto de os auriculares poderem ser colocados ou não. Isto torna possível que uses outros que tenhas, se preferires, ou não uses nenhuns, se não for necessário para o efeito (por exemplo virtual desktop). Se optares por os usar, são bastante confortáveis e suficientemente grandes para a cobrir a orelha, a menos que sejas o Dumbo. Se optares por não usar auriculares o headset torna-se menos confortável uma vez que podes ficar com as straps laterais a roçar a orelha.

As straps de ajustamento lateral são fáceis de montar e uma almofada traseira estabiliza o equipamento de forma confortável.

Este aparelho é ligeiramente mais pesado do que as alternativas. Enquanto o Oculus pesa 470g e o Vive pesa 555g, o PIMAX 4K pesa 620g. Não é uma grande diferença, mas para quem use durante várias horas é um factor a considerar.

O facto de terem sido usados giroscópios de 1000hz reduz bastante o efeito de “tontura” que alguns aparelhos de realidade virtual com menos qualidade provocam. Também houve preocupações a nível da proteção dos olhos, o que mais uma vez é inédito em aparelhos mais baratos. Protegem os olhos do laser azul, que pode ser prejudicial para a retina, ajustam automaticamente o brilho e têm mecanismo para desembaciar automaticamente. Pontos muito a favor.

O que não é tão bom

Se o hardware é notável, o software deixa bastante a desejar. Confesso que sou maioritariamente um utilizador de Mac e isso também pode ter ajudado para que a minha percepção do processo de instalação fosse um bocado negativa.

A cena de andar à procura de drivers, esperar que o computador detecte os oculos, ter de repetir o processo duas ou três vezes até serem finalmente reconhecidos, é algo que pode ser frustrante para quem está habituado a experiências mais fluídas.

Quando tudo acaba finalmente por estar instalado, feitas atualizações e updates de firmware, a ferramenta de controlo do headset (PiPlay) é relativamente simples e intuitiva.

Em relação à parte do software felizmente há esperança, estão sempre a sair atualizações e pode ser melhorado.

Mais lamentável é a falta de comandos, e de sensor de posicionamento na sala. Com essas duas features este seria um brutalíssimo equipamento VR, talvez até o melhor do mercado.

Avaliação final

Jogar em 4k VR ainda não é “uma cena” para a maior parte de nós. Este é um headset muito porreiro se considerarmos que custa menos de metade do que as alternativas no mercado. Se considerarmos o hardware, está bastante bem apetrechado e justifica cada cêntimo.

Infelizmente o software não é tão amigável e pode definitivamente ser melhorado. Alguns extras, como os comandos, poderiam tornar este produto num “flagship killer”.

Se a tua principal razão para comprar o PIMAX 4K for estares interessado em jogar em 4K VR, provavelmente é melhor não te meteres nisso para já.

Está muito bem construído e se o quiseres usar para jogar, ver filmes numa autêntica experiência IMAX ou mesmo usar o computador numa experiência mais imersiva de “virtual desktop”, é uma boa compra.

Onde comprar?

Está disponível na Gearbest.

Se mandares vir da China escolhe PRIORITY LINE > SPAIN EXPRESS como método de envio para escapar à alfandega.

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Categoria/s: Reviews,Tecnologia