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Diego Maradona e a Casa do Gran Hermano
No dia 6 de abril de 2001, os participantes da primeira edição do Gran Hermano receberam uma visita inesperada: Diego Armando Maradona. O momento, que foi transmitido em direto, tornou-se um dos mais icónicos da história do programa.
Os concorrentes, eufóricos, cantaram “Olé, olé, olé, Diego, Diego” enquanto o craque argentino entrava na casa. Ele chegou com um presente para os participantes, mas um detalhe aparentemente insignificante transformou-se num dos maiores mitos da televisão: o que levava Maradona naquele pequeno pacote branco?
O Boato Que Nunca Morreu
Passados alguns anos, começaram a surgir rumores. Num momento da transmissão, Diego deixou cair um embrulho branco e soltou a frase: “Não me mandem ao frente, boludos!”. O mistério rapidamente se espalhou, e muitos passaram a especular que o pacote continha droga.
O próprio Marcos Gorbán, produtor do reality, teve de responder várias vezes à questão. Segundo ele, o episódio foi transmitido ao vivo, com milhões de espectadores a assistir. “Se fosse algo ilícito, não teria sido denunciado logo na altura?”, questionou ele em diversas entrevistas.
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A Revelação de Marcos Gorbán
Em 2020, Gorbán resolveu esclarecer o boato de uma vez por todas. Ele publicou fotos dos bastidores e revelou que o tal embrulho branco continha, na verdade, dois maços de cigarros.
Segundo ele, a produção decidiu embrulhar os cigarros em papel branco para evitar publicidade a marcas. “Se o Maradona entrasse sem tabaco, os concorrentes iam fumar-lhe a alma”, brincou o produtor.
O episódio teve uma audiência massiva, com 25 pontos de rating e mais de 2,5 milhões de pessoas a assistir só na área de Buenos Aires. Mas, anos depois, um utilizador da internet cortou o vídeo e deu origem ao mito que continua a circular.
Uma Hora de História Televisiva
Apesar da polémica, a passagem de Maradona pelo Gran Hermano foi memorável. Em apenas 60 minutos, jogou futebol, assinou autógrafos, brincou com os concorrentes e até brindou com cerveja.
Com frases icónicas como “Tenho menos casa que o Chavo do 8” e “Em Devoto nem à prisão me deixam entrar”, Diego mostrou porque nunca passava despercebido.
Afinal, onde quer que fosse, Maradona era sinónimo de espetáculo.