Agora que a indústria automóvel parece estar a ficar obcecada com a ideia de carros que se conduzem a si próprios, a Porsche continua a achar isso um insulto ao prazer da condução!
Enquanto marcas rivais – como BMW, Audi e Mercedes-Benz – estão a apostar forte nas tecnologias de condução autónoma a Porsche garante que tão cedo não irá ceder a essa tendência, isto apesar de projeções apontarem para que em 2030 pelo menos 15% dos carros vendidos sejam autónomos.
Oliver Blume, CEO da Porsche, diz que a marca não está sequer interessada no desenvolvimento destas tecnologias.
“Os clientes querem conduzir um Porsche por eles próprios. Os iPhones devem estar é no bolso…”
Será uma aposta inteligente, na diferenciação da Porsche como “carros para quem gosta de conduzir”, ou uma perigosa decisão que pode colocar a marca atrás dos seus rivais? Há argumentos válidos de ambos os lados, pelo que é mesmo uma decisão estratégica da marca que vai definir o seu posicionamento nos próximos anos.
“O prazer da condução” é chave no segmento em que a Porsche se move, e apostar no conceito parece fazer todo o sentido. Mas se a condução autónoma for apenas um extra, uma função que se pode ligar/desligar, será que os “fãs” da Porsche vão levar a mal?
Há que ter em conta que mesmo tendo um Porsche há situações em que conduzir não dá prazer nenhum, como no trânsito, e seria agradável carregar num botão e o bicho ir andando por si até a estrada estar desimpedida.Para não falar da quantidade de mamãs que têm Cayennes só pelo status, não pelo prazer de conduzir, e provavelmente gostariam de se ir a pintar enquanto o carro levava os miudos ao colégio.
Depois há a malta que verdadeiramente gosta de conduzir e acha um ultraje sequer ouvir falar de automatismos.