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Noruega: Assassino Louco Causa o Caos
Noruega: Assassino Louco Causa o Caos

«Foi horrível, mas necessário». Estas são as palavras que a comunicação social na Noruega atribui a Anders Behring Breivik, o confesso autor da explosão em Oslo e dos disparos na ilha de Utøya, ao ser confrontado pelos interrogadores.

O norueguês que queria subjugar a Europa

assassino da noruega

«Foi horrível, mas necessário». Estas são as palavras que a comunicação social na Noruega atribui a Anders Behring Breivik, o confesso autor da explosão em Oslo e dos disparos na ilha de Utøya, ao ser confrontado pelos interrogadores.

Esta gelada determinação perpassa por algumas citações retiradas das 1518 páginas de um manifesto escrito por Breivik que se encontra online e cuja autenticidade foi confirmada por fontes policiais contactadas pelo The New York Times e pela televisão norueguesa.

O manifesto intitula-se «2083: Uma Declaração de Independência Europeia» e foi publicado no Stormfront.org, um sítio de defensores da supremacia branca. O documento foi descoberto por um blogger americano, Kevin I. Slaughter.

O que se segue é uma transcrição do post de Blake Hounshell feita no sítio Foreign Policy.

No manifesto, Breivik declara-se «um comandante cavaleiro da justiça» e um membro proeminente de um «refundado» grupo de Cavaleiros Templários, formado numa reunião organizada em Abril de 2002, em Londres. O grupo fundador tem nove membros, além de um número não-especificado de simpatizantes que não puderam comparecer.

«O nosso objetivo» – escreveu ele no manifesto – «é tomar o controlo político e militar dos países europeus ocidentais» e implementar nesses países uma «política cultural conservadora». Numa linguagem que o blogger classifica como «apocalíptica», o grupo defende ataques aos «traidores» na Europa que permitem que muçulmanos estejam a conquistar o continente.

Em 2010, contava já ter provocado «não mais de 45 mil mortos e 1 milhão de feridos» nos «marxistas/multiculturalistas» na Europa Ocidental. «O tempo para o diálogo acabou. Demos uma oportunidade à paz. O tempo para a resistência armada começou.»

Slaughter relata que o manifesto é também um extenso manual de instruções para «praticamente tudo, desde como fazer uma bomba, angariar fundos e preparar-se psicologicamente para o que o autor descreve como uma «guerra civil» entre «patriotas nacionalistas» e os «multiculturalismos que estão a destruir a civilização europeia.»

O documento contém várias fotografias de Breivik.

No manifesto ele relata em grande detalhe as suas tentativas de construir secretamente uma bomba à base de fertilizantes capaz de matar o maior número possível de pessoas.

E embora no documento sejam frequentes as manifestações de ódio contra os muçulmanos, Breivik admite sentir admiração pelos terroristas da Al Qaeda, pois considera-a uma das duas únicas «organizações militares de sucesso» devido à «superior adaptação estrutural».

«Se Maomé fosse vivo hoje», escreve, «Bin Laden seria o seu ajudante de comando». E declara: «Se não estás disposto a operações suicidas ao serviço de uma causa maior, então os Cavaleiros Templários do PCCTC não são para ti».

(PCCTC é um acrónimo para Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici, ou seja, «os pobres cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão».)

Outra das frases de Breivik citadas por Slaughter: «Para que os ataques possam ter um efeito influente, assassínios e a utilização de armas de destruição massiva devem ser considerados».

E esta: «Eles, os nazis dos nossos tempos, chamar-nos-ão terroristas».

Finalmente, como quem escreve um diário: «Acredito que esta é a minha última entrada. É agora sexta-feira, 22 de Julho, 12.51.»

Pelas 15.30, explodia a bomba em Oslo.


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Categoria/s: Curiosidades