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FUMAR MATA… as Bactérias da Boca
FUMAR MATA… as Bactérias da Boca

Um grupo de investigadores brasileiros descobriu que fumar mata bactérias que estão normalmente alojadas na nossa boca. E isso é mau.

Um grupo de investigadores brasileiros descobriu que fumar mata bactérias que estão normalmente alojadas na nossa boca. E isso é mau.

Uma equipa de cientistas liderada por Emmanuel Dias-Neto, investigador da Universidade de São Paulo, no Brasil, recolheu amostras da boca e da língua de 22 voluntários e usou o DNA das diversas bactérias para definir a espécie de micróbio a que pertenciam.

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Os investigadores procuraram seguidamente comparar a flora bucal dos diferentes sujeitos observados, que pode chegar a 700 espécies diferentes de micróbios, e cruzar a informação obtida com os dados demográficos e sociais dos sujeitos.

Segundo os dados da investigação, publicada na revista BMC Microbiology, os sujeitos fumadores tinham perdido cerca de 35% da flora bucal. Surpreendentemente, a perda no caso de fumadores que também bebem álcool, é menor: cerca de 20% das bactérias.

Os investigadores estão agora a tentar apurar a razão pela qual os dois hábitos conjugados produzem menor diminuição da flora bucal. Será que a conclusão do estudo é “Se fumar, ao menos beba!” ? lol

Em declarações à Folha de São Paulo, Emmanuel Dias-Neto explica que a razão poderá estar relacionada com a “existência de bactérias que metabolizam o álcool como nutriente”.

Os resultados encontrados são muito preocupantes, uma vez que há diversos tipos de bactérias que protegem as mucosas e o intestino e são benéficas para o organismo humano.

Segundo o investigador, a perda de bactérias não é necessariamente boa notícia. “A presença de uma comunidade saudável de bactérias na boca ajuda a protegê-la”, diz Dias-Neto.

Os investigadores estão agora a analisar possíveis correlações entre a perda de flora bucal e o aparecimento de diversos tipos de cancro.

O objectivo, diz o cientista, é o desenvolvimento de técnicas de “monitorização do microbioma bucal como forma de diagnóstico de lesões pré-malignas”.Eventualmente, diz Diaz-Neto, o estudo poderá permitir que se venham a criar no futuro tratamentos probióticos preventivos.Algo como “Yogurte com Bactérias” – ou mesmo “Chicletes Anti-Cancro”


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Categoria/s: Ciência,Saúde