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A Maçonaria está em Campanha Eleitoral
A Maçonaria está em Campanha Eleitoral

Grande Oriente Lusitano e Grande Loja Legal de Portugal,as maiores obediências maçónicas do país estão em campanha eleitoral para eleger novos grão-mestres.

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Grande Oriente Lusitano (GOL) e Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), as duas maiores obediências maçónicas de Portugal estão em campanha eleitoral para eleger os novos grão-mestres.

No Grande Oriente Lusitano (GOL), onde haverá eleições a dia 7 Junho, o actual líder, Fernando Lima, presidente da Galilei (a antiga Sociedade Lusa de Negócios), disputa o lugar com Francisco Camarreu, um historiador, e Daniel Madeira de Castro, um economista.

Este pertence à Loja Acácia, onde partilha rituais com Francisco Moita Flores, entre outros. Francisco Carromeu, por seu lado, frequenta a Loja Madrugada, da qual faz parte, por exemplo, o social-democrata Miguel Almeida que nas últimas eleições autárquicas foi candidato à presidência da Câmara Municipal da Figueira da Foz.

Já Fernando Lima é membro de uma das mais poderosas lojas maçónicas, a Universalis, onde Miguel Relvas foi iniciado e onde nos últimos anos se juntam políticos como o social democrata Rui Gomes da Silva e o socialista e ex-secretário de Estado da Saúde José Miguel Boquinhas.

É nas reuniões desta loja que se encontram homens ligados à segurança, como o ex-director nacional da PSP, Francisco de Oliveira Pereira e dos serviços secretos como o ex-director adjunto do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa, Heitor Romana.

Nas próximas semanas os candidatos vão passar os dias a divulgar os respectivos programas, aproveitando para se deslocarem às reuniões onde os maçons fazem os seus rituais. O acto eleitoral terá depois lugar nas próprias lojas, onde os boletins serão distribuídos. No fim, e em envelope lacrado, os votos serão enviados para os elementos do tribunal maçónico que o abrem e fazem a contagem, anunciando o nome do 44º grão- mestre da mais antiga obediência maçónica.

Já na Grande Loja Legal de Portugal (GLLP), onde as eleições irão decorrer a 21 Junho, há apenas dois candidatos. O socialista Júlio Meirinhos que pertence à Loja Rigor, onde está também Hernâni Dias, o social-democrata que o derrotou nas últimas eleições autárquicas para a presidência da Câmara Municipal de Bragança. Meirinhos, que aos 25 anos iniciou a sua carreira política como presidente da Câmara de Miranda do Douro e foi também deputado e governador civil, representa a continuidade sendo apoiado pelo actual grão-mestre José Moreno, que não se pode recandidatar por já ter feito dois mandatos.

Como adversário, Júlio Meirinhos terá José Pereira da Silva, um arquitecto das Caldas da Rainha que pertence à Loja Jerusalém, e tem ligações a muitos dos antigos líderes desta obediência, tendo sido vice do antigo grão-mestre Nandim de Carvalho. Pereira da Silva tem como apoiantes alguns dos elementos que sobrevivem na famosa Loja Mozart, que esteve sob polémica devido a uma alegada teia de ligações perigosas entre os serviços secretos, a Ongoing e a política.

Na GLLP, a votação será feita em urnas que são colocadas em templos dos vários distritos, onde os vários maçons terão de se dirigir para votar. Em Lisboa, a urna estará colocada na sede que se situa no palacete maçónico, em Telheiras. Além disso, haverá eleições no mesmo dia em Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Timor, Macau e França, onde a GLLP tem lojas a funcionar sob a sua tutela e por isso comandados pelo mesmo grão-mestre.

Também a Grande Loja Simbólica de Portugal​, uma obediência recente em Portugal (2011) e com ligações a figuras do CDS e PSD, vai eleger o próximo líder no dia 31 deste mês. Até agora não apareceu qualquer candidato pelo que tudo indica que actual líder, Pedro Rangel, que trabalha na área dos mercados financeiros, irá recandidatar-se.

Esta maçonaria, considerada mais discreta, elitista e com rituais mais longos associados ao antigo Egipto, tornou-se mais conhecida em 2012 quando se descobriu que Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, tinha frequentado eventos desta obediência, tendo o político garantido que apenas ia a “sessões brancas” abertas ao público, acompanhar a sua mulher.


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