ainanas.com - deixa-te viciar!
Notícias Contacta-nos
Máscaras improvisadas VALEM A PENA?
Máscaras improvisadas VALEM A PENA?

Porque é que nos dizem que não é preciso usar máscara? Apenas porque não há máscaras para todos e estão obviamente (e muito bem) a dar prioridade a quem está no terreno a lidar com o vírus.

A informação que temos recebido é de que NÃO É necessário usar máscara a não ser que tenhamos sintomas ou estejamos em contacto com pessoas infectadas.

Disseram-nos até que não precisamos de máscara para andar na rua se não tivermos sintomas. No entanto em países onde o combate à infeção foi mais eficaz, apostaram forte no uso de máscaras, sendo mesmo proibido andar de transportes públicos sem máscara.

Também já foi por diversas vezes admitido que o principal motivo para não se recomendar a utilização de máscara é simplesmente que NÃO HÁ STOCK suficiente. Se houvesse milhões de máscaras disponíveis no mercado a bom preço certamente a recomendação seria de usar, com os devidos cuidados tanto no manuseamento como no descarte.

Teme-se também que as máscaras possam dar uma “falsa sensação de segurança”, levando a que as pessoas sejam menos rigorosas no isolamento social e adoptem comportamentos de maior risco, o que seria desastroso. Tendo em conta estes pontos e visto que há escassez, a DGS dá prioridade a quem precisa mais das máscaras e as sabe utilizar, nomeadamente profissionais de saúde, bombeiros, forças de segurança, cuidadores e prestadores de serviço a pessoas potencialmente infectadas.

Infelizmente temos observado situações de muita falta de civismo neste aspecto, em que as pessoas deitam para o chão máscaras e luvas potencialmente contaminadas em vez de se desfazerem delas correctamente. Os parques de estacionamento do supermercado são um sítio onde isto se vê muito, por exemplo.

Já fizemos um post em que procurávamos avaliar a importância de usar máscara nesta altura e partilhámos a nossa opinião e o que estamos a fazer em relação ao tema.

As máscaras / respiradores com certificação FFP3 e FFP2 são as que oferecem maior segurança pela forma como filtram até as particulas mais pequenas e se moldam ao rosto impedindo a entrada de ar contaminado pelas laterais. No entanto são bastante caras e há em muito pouca quantidade.

Mas não havendo máscaras FFP3 ou mesmo FFP2 para toda a gente, valerá a pena ainda assim usar máscaras cirúrgicas? Estas são bastante mais baratas mas também não é fácil deitar-lhes a mão atualmente.

Se nem umas destas conseguires comprar, adianta de alguma coisa fazeres uma máscara improvisada em casa? É “melhor do que nada”? 

O Valter Mendes fala-nos da situação da República Checa, um país europeu com uma população de cerca de 10 milhões de habitantes tal como nós:

É com muita tristeza que continuo a ver que no meu querido Portugal as pessoas são desencorajadas a usar qualquer tipo de máscara quando saem a rua. Eu infelizmente nada posso fazer quanto a isso.  Gostaria de lhe dar o exemplo do que estão a fazer na Republica Checa onde não apenas estão a conseguir diminuir a curva, mas pelo contrário, estou a “aniquilar” a curva. Desde o dia 18 Março o governo checo encorajou as pessoas a sair de casa com máscara e devido a imensa falta de stock, fazer as suas próprias com tecidos, quer seja algodão, quer seja de toalhas. Hoje só lhe deixam entrar em locais públicos se estiver a usar uma máscara. Todos os políticos dão o exemplo e o número de casos já está a diminuir bastante. Este método como deve saber é usado em vários países, e está cientificamente provado que funciona! Por favor espalhe esta mensagem, eu sozinho pouco posso fazer.

Valter Mendes

Terá o forte incentivo ao uso de máscaras em locais públicos contribuído para que neste momento eles tenham praticamente metade dos casos confirmados e bastante menos fatalidades?

cada vez mais especialistas a defender que o uso de máscaras em locais públicos ajuda bastante a travar a doença, visto que não só impede que sejas contagiado mas também impede que andes aí a soltar perdigotos e a contagiar os outros, caso estejas infectado e nem sequer saibas.

Mas como se compara uma máscara improvisada com uma máscara cirúrgica? Bem, há estudos sobre isso, e há vários materiais que podes usar se quiseres fazer a tua.

Vê-se no gráfico que usar um saco do aspirador bem selado à volta da boca e nariz tem praticamente o mesmo efeito de filtragem que uma máscara. Mesmo usar um pano de cozinha tem um efeito surpreendentemente eficaz!

Lembra-te no entanto de que isto não significa que estás protegido, nem que se usares uma máscara já podes sair à vontade. Significa que DEVES CONTINUAR EM CASA tanto quanto possível, mas que se tiveres mesmo de sair mais vale usares máscara – nem que seja improvisada – do que não usar nada.

Lembra-te também de que se usares uma máscara improvisada de algum tipo de tecido, deves metê-la a lavar assim que chegares a casa, bem como toda a roupa que usaste na rua.

A máscara não deve dar-te uma falsa sensação de segurança. Deve ser vista apenas como uma camada extra, uma percentagem adicional de proteção quando tiveres mesmo de te sujeitar à exposição a outras pessoas, numa ida ao supermercado, quando andas de transportes, tens de ir ao centro de saúde, hospital ou farmácia, etc. Pode ainda ser usada como uma camada extra em cima de uma máscara N95 que tenhas, de forma a prolongar a sua vida útil. Vários profissionais de saúde estão a usar as máscaras caseiras desta forma.

Como fazer uma máscara de tecido


PARTILHA ESTE POST


Categoria/s: Saúde